A maioria dos humanos que foi contactada recorda-se, não apenas no seu subconsciente, mas até certo ponto no consciente.
Isto não ajuda mas acontece, pois as duas partes do vosso cérebro, foram desenhadas para falarem uma com a outra, e há
sempre alguma fuga de informação entre elas. Como os nossos contactos são colocados apenas no subconsciente, quando
existe lembrança de uma visita, ela não é feita nos mesmos moldes que a lembrança de um amnésico, quando ele se permite
recordar. Neste caso, o amnésico tem a sua memória colocada no consciente, mas está desligada e vai debitando
calmamente um bocado fragmentado.
Quando um contactado se lembra, estas memórias conscientes estão a ser construídas pela primeira vez. O processo
ocorre, por isso, gradualmente. Quer analisando um sonho, um sonho acordado, ou sob hipnose, o processo é
essencialmente o mesmo, um fragmento aparece de repente no consciente, ligado firmemente ao subconsciente, mas não
estando no início, ligado a qualquer outras memórias conscientes. No entanto, como o fragmento conterá algumas pistas
reconhecidas por outras partes do consciente, começam a construir-se pontes para ele. Não foi aquela, a camisa de dormir,
que pedi emprestada à prima Joana, na noite que lá passei sem estar à espera? Aquele não é o meu amigo de infância com o
qual construi uma casa no cimo da árvore, nos bosques por trás da escola? Será que aquela pequena dor do ferimento
temporário, que lembro como se me tivessem tirado um pouco de tecido da parte de trás da perna, se relaciona com aquela
estranha cicatriz que apareceu de repente um dia?
Através destes meios, começa o processo de construção tão rapidamente, quanto a vontade de lembrar. Se o contactado tem
medo, ou usa o caminho da negação, quando lida com estes assuntos, a lembrança fica bloqueada, permanecendo no
consciente em fragmentos soltos, talvez sem nunca mais serem acedidos. Se no entanto, o contactado deseja lembrar-se,
sendo a sua curiosidade maior que o seu medo ou ansiedade, as memórias conscientes começam a efervescer. Pensando
nestes assuntos, o contactado faz mais e mais conexões, e a sua vida como contactado começa a tomar forma. Ás vezes, ler
sobre as experiências dos outros, funciona como gatilho, e quando elas são criticadas pelos que afirmam que os
contactados não passam de uns histéricos sugestionáveis, este é de facto o método usado milhares de vezes por
professores, terapeutas, gurus para o auto desenvolvimento, políticos, advogados, oradores e crianças chamando pelos
seus pais. Não te lembras quando.... Imagina a situação em que... Lembras-te da ultima vez em que tu...
Os contactados que realizam a sua situação, fazem a sua investigação no subconsciente, construindo uma base solida no
consciente, e tentam sempre encontrar maneiras, logo após a visita, de se lembrarem correctamente dela. Eles
apercebem-se de certas correlações. O estranho e intemporal desejo de dar um passeio solitário nos bosques, a sensação
de que algo está diferente neste momento, em relação ao momento anterior. Às vezes, eles apercebem-se que acabaram de
regressar, quando o seu corpo dá sacudidelas súbitas, ou reage assustado, sem razão. Os contactados sabem normalmente
antes do tempo, que uma visita está para acontecer, e o seu desejo em estar sós, no bosque ou noutro sítio qualquer,
deve-se afinal de contas, ao seu plano para esclarecer este assunto. Eles arranjam uma altura pacífica para si próprios.
Quando o contactado comparece a uma visita, ele sabe telepaticamente qual é a ordem dos trabalhos. Por exemplo, se
todos vão discutir um projecto, no qual o contactado está a trabalhar, e tem um problema para o qual necessita de
assistência, ele pode de repente encontrar a solução, que não tinha anteriormente, e sente-se menos preocupado. Esta é uma
pista sólida de que ocorreu uma visita. Como nós usamos, normalmente, o estado de paralisia para transportar um
contactado, há logo após, uma reacção do corpo em se erguer. O corpo reage às vezes, subitamente, por estar demasiado
relaxado para a posição de pé, ajustando a musculatura para suportar o peso. Este estímulo súbito, acompanhado de um
reflexo de susto, indica uma prova sólida de que uma visita acaba de acontecer.